Voz esquecida, um sentimento inacabado, um sorriso perdido, um coração partido, um olhar distante e tão desesperado, a esperança persiste e não desiste, cai uma lágrima pelo meu rosto a dar sinal de tristeza que permanece.
Um sorriso inocente, um elogio desgasto, um momento leve conduzido pelo vento, um momento limitado pela observação proibida, o volume da música cada vez mais baixo e a letra quase não se percebe, apesar de ela estar guardada numa caixinha em forma de coração.
Coração despedaçado, como as peças de um puzzle desmontado, peças perdidas, nunca encontradas.
A respiração ofegante, à procura de oxigénio, um mergulho invadido pelo azul do mar, envolvo-me na areia e apenas vejo uma imagem desfocada, só sei que transmite um conforto inexplicável. Vem uma onda e arrasta-me, vem a outra, e sem me manifestar deixo-me ir pela corrente do mar, e de repente tudo fica confuso, sem alguma explicação óbvia, ao despertar vejo os meus sentimentos de volta, e começa outra vez o desespero.
Palavras afugentadas pelo medo da tentação, olhos cerrados e fixados no chão.
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